Partículas de fogo originaram "princípios de incêndio"
"Devido a partículas incandescentes que se projectaram para o exterior, estas originaram princípios de incêndio em diversas árvores existentes no Jardim Botânico, sendo os mesmos extintos com o emprego de uma agulheta", lê-se no relatório. Em causa está o fogo num edifício "devoluto/degradado" no número 76 da Rua da Alegria a 05 de Outubro último. Segundo o documento dos bombeiros, as chamas iniciaram-se no interior e tiveram "origem indeterminada".
Contactada pela Lusa, a Liga dos Amigos do Jardim Botânico informou, face a estas conclusões, ter solicitado mais informações à Câmara Municipal de Lisboa, por considerar que não estão respondidas todas as questões. A Liga e a Plataforma Em Defesa do Jardim Botânico têm referido que as chamas entraram na zona do arboreto do jardim, "destruindo e danificando espécimes de grande porte".
" Lusa, a presidente da Liga dos Amigos do Jardim Botânico, Manuela Correia, referiu ter sido enviada uma carta ao vereador com o pelouro da Protecção Civil, Manuel Brito. Na missiva, ainda sem resposta, a Liga questionou "quem faz a inventariação e quem paga os estragos provocados pelo incêndio no Jardim Botânico". A inalação de fumo no interior do prédio levou uma mulher ao hospital de S. José, enquanto durante os trabalhos de rescaldo um bombeiro sofreu queimaduras nas pernas. O bombeiro ficou internado para observações.